Energia
Consumo de Energia Eléctrica em Portugal
O restante da produção de electricidade é colmatado com recurso a produção de origem hídrica (16,6 %) e por produção de energia eólica e geotérmica (14%).
Portugal é tipicamente deficitário na produção de energia eléctrica, recorrendo anualmente a uma importação líquida de electricidade (8,8% em 2009).
A indústria papeleira foi, em 2009, responsável pela produção de 4,2% da electricidade consumida em Portugal.
Produção por Cogeração
Em termos nacionais a indústria papeleira é o sector que mais contribui para o total de energia eléctrica com origem nesta forma de produção, com 35% do total, tendo-se mantido, através de novos investimentos, como o principal sector cogerador e aumentar a sua auto-suficiência em relação às necessidades de consumo.
Perfil de Combustíveis na Produção Térmica
A produção por cogeração (excepto na indústria papeleira) é baseada fundamentalmente em derivados do petróleo, fundamentalmente fuelóleo e, mais recentemente, também no gás natural.
As cogerações da indústria papeleira são diferentes das dos restantes sectores industriais no que toca ao perfil de combustíveis utilizado, verificando-se que a maior parte dos combustíveis consumidos por este sector em cogeração tem origem em biomassa (70% em 2010).
Consumo Global de Combustíveis
No caso da indústria papeleira, a forte aposta em sistemas de cogeração traduz-se na reduzida fracção de combustíveis com utilização directa para energia térmica e / ou em transportes internos..
Dos cerca de 30% de combustíveis fósseis utilizados por esta indústria, o combustível dominante é o gás natural (77%). Toda a biomassa é utilizada em processos de cogeração.
Quando comparado com o perfil de combustíveis da indústria papeleira na Europa (fonte CEPI, 2010), verifica-se que o sector em Portugal apresenta uma maior proporção no uso de biomassa (69% nacional vs 54% europeu), ausência de uso de carvão, e uma maior utilização de fuelóleo (5% vs 3,8%).
Dados referentes aos “Balanços Energéticos Nacionais”, realizados pela Direcção-Geral de Geologia e Energia para o período 1990 a 2009 e CEPI (2010).